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Descrição do produto

A importância de compreender o sistema sancionador da Justiça Eleitoral

O Brasil possui um dos sistemas eleitorais mais complexos do mundo, composto por uma legislação vasta e muitas vezes contraditória. O livro Direito Eleitoral Sancionador, de Igor Pereira Pinheiro, publicado pela Editora Mizuno, apresenta uma profunda análise crítica e técnica sobre as sanções cíveis e penais previstas na legislação eleitoral. A obra se destaca por oferecer uma compreensão completa do funcionamento, desafios e fragilidades do sistema de justiça eleitoral, sendo indispensável para profissionais que atuam na área.

📜 Sinopse

A legislação eleitoral brasileira possui exatos 131 (cento e trinta e um) ilícitos, dentre crimes (96 – noventa e seis) e infrações de natureza cível (35 – trinta e cinco). Este número aponta, num primeiro momento, para a existência de um sistema eleitoral sancionador amplo, suscitando o interesse quanto à extensão e efetividade de suas prescrições.
Ocorre que o estudo constitucional e prático de todos esses ilícitos revela um quadro normativo caótico, composto muitas vezes por disposições ultrapassadas (após a modernização da Justiça Eleitoral), tipos sobrepostos (criminalizando duas vezes o mesmo fato), com sancionamento diverso para os mesmos fatos e, até mesmo, claramente inapto para prevenir e reprimir as condutas mais viciosas à lisura eleitoral, que é apontada pela Constituição Federal de 1988 como direito político fundamental (artigo 10, §§9º e 10).
Além disso, chama atenção o fato de não haver uma pessoa presa no Brasil, de forma definitiva, em virtude de condenação criminal por crime eleitoral.
Assim, para melhor compreender o chamado direito eleitoral sancionador brasileiro, a presente pesquisa foi realizada em dois grandes títulos.
No primeiro, foi abordado todo o Sistema de Justiça Eleitoral, a partir das características gerais de cada um dos seus integrantes (Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia) e os principais problemas estruturais que contribuem para uma ineficiência em geral e impunidade sistêmica. Além disso, neste tópico, analisou-se os procedimentos investigativos do Parquet Eleitoral, como partidos políticos e cidadãos podem contribuir de alguma forma para uma melhoria do atual contexto. Em arremate, foi demonstrado o retrocesso administrativo e legislativo vivenciado pelo Brasil ao longo dos últimos anos exatamente no enfrentamento à corrupção, inclusive, com análise das inconstitucionalidades aprovadas pela Nova Lei de Improbidade Administrativa.
Já no Título II, foi realizada uma abordagem geral dos ilícitos eleitorais cíveis e criminais, com foco nos princípios da legalidade, anterioridade, primazia do combate à corrupção nas eleições, vedação ao retrocesso e consensualidade punitiva.
Nesse tocante, tratou-se dos excessos normativos verificados em Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a tipologia dos ilícitos cíveis eleitorais que geram a cassação do registro ou do mandato, bem como, no campo criminal, as inconstitucionalidades de vários crimes eleitorais, as assimetrias sancionatórias verificadas a partir de um estudo comparativo entre os delitos de corrupção nas eleições, a ineficiência de quase todos os tipos penais eleitorais e as eventuais soluções sistêmicas para minorar os efeitos desse sistema sancionador, que é muito ruim no geral e fomenta a corrupção e a impunidade vivenciadas no Brasil.


📌 Tópicos Abordados

  • Introdução ao contexto da impunidade eleitoral brasileira
  • Estrutura da Justiça Eleitoral, Ministério Público e Polícia Judiciária Eleitoral
  • Participação cidadã e política na prevenção da corrupção
  • Crítica à Nova Lei de Improbidade Administrativa
  • Análise dos ilícitos eleitorais cíveis e criminais
  • Princípios estruturantes do Direito Eleitoral Sancionador
  • Resoluções do TSE e seus excessos normativos
  • Captação ilícita de sufrágio, abuso de poder e gastos de campanha
  • Crimes eleitorais: tipificação, inconstitucionalidades e ineficácia sancionatória
  • Soluções sistêmicas e jurisprudência recente sobre o tema

🔍 Detalhes Essenciais do Livro

Obra do autor Igor Pereira Pinheiro, Promotor de Justiça e Doutorando pela Universidade de Lisboa, o livro é fruto de ampla pesquisa e prática jurídica. Com 457 páginas, foi publicado em 2025 pela Editora Mizuno. O conteúdo está rigorosamente atualizado com as legislações eleitorais vigentes, jurisprudência vinculante do STF, TSE e STJ, e principais resoluções do CNJ e CNMP.

🎯 Público-Alvo

Para quem este livro é ideal

Este livro é direcionado a:

  • Membros do Ministério Público Eleitoral
  • Advogados e Advogadas Eleitorais
  • Juízes e Servidores da Justiça Eleitoral
  • Estudantes de Direito interessados em justiça eleitoral e combate à corrupção
  • Candidatos, partidos e cidadãos que atuam na defesa da lisura do processo eleitoral

A leitura é essencial para quem deseja compreender a fundo o funcionamento do sistema sancionador da Justiça Eleitoral e seus desafios constitucionais.

❓ Perguntas Frequentes (FAQs)

Esclarecendo dúvidas comuns

  • O livro traz jurisprudência atualizada?
    Sim. A obra contempla decisões recentes do STF, STJ e TSE, incluindo jurisprudência vinculante.
  • Há abordagem prática no conteúdo?
    Sim. O autor alia teoria e prática, destacando a atuação institucional e as dificuldades reais no combate à corrupção eleitoral.
  • O conteúdo trata da Nova Lei de Improbidade Administrativa?
    Sim. O livro analisa as inconstitucionalidades e os impactos da nova lei na seara eleitoral.
  • O conteúdo é adequado para preparação de concursos?
    Sim. Especialmente para concursos que exigem conhecimento aprofundado em Direito Eleitoral e Ministério Público.

🏁 Conclusão

O livro Direito Eleitoral Sancionador, de Igor Pereira Pinheiro, representa uma contribuição decisiva ao debate sobre a eficácia e legitimidade do sistema de justiça eleitoral brasileiro. Com embasamento doutrinário sólido, análise jurisprudencial refinada e crítica institucional contundente, a obra oferece aos profissionais do Direito uma base teórica e prática indispensável para enfrentar os desafios contemporâneos da justiça eleitoral, crimes eleitorais e atuação do Ministério Público Eleitoral.

📘 Adquira agora seu exemplar na Editora Mizuno e aprofunde-se nas nuances do direito eleitoral com uma abordagem técnica, atual e estratégica.



Igor Pereira Pinheiro

> Promotor de Justiça do MPCE (atualmente, como Promotor-Corregedor Auxiliar). > Doutorando, Mestre e Especialista em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Lisboa. > Pós-Graduado em Licitações e Contratos Administrativos. > Expert em Direito Constitucional pela Universidade de Lisboa. > Autor dos livros “Nova Lei de Improbidade Administrativa Comentada” (3ª edição, 2024); Crimes Licitatórios (3ª edição 2024); “Crimes Eleitorais e Conexos” (2ª edição 2024); “Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Ano Eleitoral” (5ª edição, 2024). > Co-autor do livro “Nova Lei de Licitações Anotada e Comparada” (3ª edição, 2024); “Nova Lei do Abuso de Autoridade Anotada é Comparada” (2ª edição, 2024). > Professor e Palestrante convidado de diversas Escolas do MP e da Magistratura em todo o Brasil. > Ex-Coordenador do Grupo Auxiliar da Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará (GAPEL) e ex-membro do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público do MPCE. > Coordenador Editorial de Direito Administrativo, Direito Anticorrupção e Direito Eleitoral do Grupo Mizuno.

Especificações do produto

  • Autor(es) Igor Pereira Pinheiro
  • AssuntoEleitoral , Administrativo
  • Idioma Português
  • Edição 1
  • Mês Junho
  • Ano 2025
  • Marca Editora Mizuno
  • Tipo Impresso
  • Encadernação Brochura
  • Paginação 457
  • Formato 17x24
  • Comprimento (cm) 24
  • Largura (cm) 17
  • Altura (cm) 2,75
  • ISBN 9788577896899

Sumário

Sumário

Introdução ao Contexto da Impunidade Eleitoral Brasileira

TÍTULO I

O SISTEMA DE JUSTIÇA ELEITORAL BRASILEIRO

Capítulo 1

A Justiça Eleitoral Brasileira

1.1 Visão Geral

1.2 Problemas Estruturais da Justiça Eleitoral Brasileira

1.2.1 Ausência de Carreira Específica e Composição dos Tribunais Eleitorais

1.2.2 O Rezoneamento da Justiça Eleitoral

1.2.3 Instabilidade Jurisprudencial e Insegurança Jurídica como Fatores Propulsores de Impunidade Estrutural

Capítulo 2

Ministério Público Eleitoral

2.1 Visão Geral

2.2 Modificações Necessárias na Atuação do Ministério Público Eleitoral

2.2.1 O Necessário Fim da Equivocada Cultura Institucional de Exclusividade do Ministério Público Eleitoral para Fiscalizar as Eleições

2.2.2 Criação de Grupo Auxiliar dos Promotores Eleitorais

2.2.3 Presença nas Redes Sociais Como Ouvinte e Espectador para a Coleta de Informações que Possam Subsidiar Investigações

2.2.4 Realização de Diligências Investigativas em Repartições Públicas/Privadas e nos Atos Político-Partidários Praticados em Propriedade Privada Aberta ao Público na Ocasião

2.2.5 Fiscalização do Histórico de Apoio Político dos Agentes Contratados com Dispensa de Licitação/Inexigibilidade ou que Sejam Contratados por Licitação com Indícios de Fraude

2.2.6 Monitoramento das Contratações Temporárias e Designações para Cargos Comissionados

2.2.7 Acompanhamento das Ações dos Assumidos ou Notórios Pré-Candidatos para Evitar e Suspender, quando Consumados, os atos Caracterizadores de Propaganda Eleitoral Antecipada, Condutas Vedadas e Abuso de Poder na Chamada Pré-Campanha

2.2.8 Adotar uma Política Institucional Voltada a Aplicação de Termos de Ajustamento de Conduta Eleitoral e Acordos de Não Persecução Civil (Soluções Negociadas) na Área Cível Eleitoral

2.3 O Poder de Investigação do Ministério Público

2.3.1 O Poder Investigatório Cível Administrativo e Eleitoral

2.3.1.1 Notícia de Fato (NF)

2.3.1.2 Procedimento Preparatório Eleitoral (PPE)

2.3.2 O Procedimento Investigatório Criminal (PIC)

2.3.3 Crimes de Abuso de Autoridade na Condução de Investigações Eleitorais

2.3.4 Crime Eleitoral pela Omissão Dolosa de Membro do Ministério Público

CAPÍTULO 3

A Polícia Judiciária Eleitoral

CAPÍTULO 4

A Advocacia Eleitoral na Prevenção e Repressão à Corrupção nas Eleições

4.1 Implementação do Compliance Eleitoral nos Partidos Políticos

4.2 Advocacia Eleitoral Investigativa

CAPÍTULO 5

Participação dos Eleitores na Luta Contra a Corrupção Eleitoral

Capítulo 6

A Necessidade de Políticas Públicas Anticorrupção

CAPÍTULO 7

Conjuntura Político-Eleitoral e a Ausência de Perspectiva na Evolução do Sistema

7.1 A Nova Lei de Improbidade Administrativa e os Seus Inconstitucionais Reflexos na Área Eleitoral

7.1.1 Premissas Iniciais da Probidade Administrativa e sua Natureza Jus Fundamental

7.1.2 Inconstitucionalidades da Nova Lei de Improbidade Administrativa com Reflexos na Área Eleitoral

7.1.2.1 O Estabelecimento de Rol Taxativo dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam em Violação aos Princípios Administrativos

7.1.2.2 A Revogação do Desvio de Finalidade Previsto Anteriormente no Inciso I do Artigo 11 da Lei de Improbidade Administrativa

7.1.2.2.1 As Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Ano Eleitoral e a Sua (Ainda) Possível Caracterização como Improbidade Administrativa

7.1.2.3 A Exclusão dos Partidos Políticos e Suas Fundações do Âmbito de Aplicação da Lei de Improbidade Administrativa

7.1.2.4 Vedação, como Regra lkGeral, à Transmissibilidade da Sanção de Perda do Cargo Público pela Condenação em Ação de Improbidade Administrativa

7.1.2.5 A Inconstitucional Forma de Contagem da Sanção de Suspensão dos Direito Políticos na Nova Lei de Improbidade Administrativa

TÍTULO II

O DIREITO ELEITORAL SANCIONADOR BRASILEIRO

CAPÍTULO 1

Visão Geral do Direito Eleitoral Sancionador Brasileiro

1.1 Ilícitos Cíveis Eleitorais

1.2 Crimes Eleitorais

CAPÍTULO 2

Princípios Estruturantes do Direito Eleitoral Sancionador Brasileiro à Luz da Efetividade Constitucional do Combate à Corrupção nas Eleições

2.1 Princípio da Legalidade Estrita e Prévia

2.1.1 A Extrapolação do Poder Regulamentar da Justiça Eleitoral

2.1.1.1 Crimes Eleitorais Inconstitucionais Previstos em Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

2.1.1.2 A Inconstitucional Criação de Ilícitos/Sanções Eleitorais Cíveis por Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

2.1.1.3 A Inconstitucionalidade Formal e Material dos “Atos Concertados” no Âmbito dos Tribunais Eleitorais

2.2 O Princípio da Primazia do Combate à Corrupção nas Eleições

2.2.1 A Amplitude do Combate à Corrupção nas Eleições: Para Além da Simples Repressão à Corrupção Eleitoral e a Máxima Competência da Justiça Eleitoral na Contenção dos Abusos

2.2.1.1 A Possibilidade da Decretação do Afastamento das Funções Públicas nas Ações Eleitorais Cíveis Cassatórias

2.2.2 Abuso de Poder: Conceituação, Características Gerais, Sanções e Efeitos Judiciais

2.2.2.1 Abuso de Poder Político

2.2.2.2 Abuso de Poder Econômico

2.2.2.3 Abuso por Utilização de Veículos ou Meios de Comunicação

2.2.2.4 A Polêmica do Abuso de Poder Religioso

2.2.2.5 Fraude à Cota de Gênero como Abuso de Poder

2.2.2.6 Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Ano Eleitoral

2.2.2.6.1 Características das Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Ano Eleitoral

2.2.2.7 Captação Ilícita de Sufrágio

2.2.2.8 Captação e Gastos Ilícitos em Campanha

2.3 Crimes de Combate à Corrupção nas Eleições: Uma Cortina de Fumaça Legislativa

2.3.1 A Desatualização Normativa e as Assimetrias Sancionatórias dos Vários Crimes de Corrupção nas Eleições

2.3.2 Prisões no Período Eleitoral: A Necessária Leitura Constitucional do Artigo 236 do Código Eleitoral Brasileiro

2.3.3 As Soluções Sistêmicas para a Máxima Efetividade Possível dos Crimes Anticorrupção nas Eleições

2.3.3.1 Inaplicabilidade do Princípio da Insignificância aos Crimes Eleitorais

2.3.3.2 Consensualidade Penal Limitada

2.4 O Princípio da Vedação ao Retrocesso Anticorrupção

2.4.1 Breve Introdução ao Direito Fundamental Anticorrupção

2.4.2 A Supralegalidade dos Tratados e Convenções Internacionais Anticorrupção e a Proibição de Retrocesso (Tutela Mínima Anticorrupção)

Conclusões

Referências

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